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Destaques

Vivendo o Agora: Lições de Vida com os Cachorros

       Eles vivem o presente. Essa é uma das coisas mais incríveis que aprendi observando cachorros como a Ahsoka. Diferente de nós, eles não se perdem em arrependimentos do passado nem se desgastam com ansiedades sobre o futuro. Para eles, cada instante é uma experiência completa: um cheiro diferente no ar, um som que desperta curiosidade ou simplesmente a sensação do vento roçando o focinho. É como se o "agora" fosse o único tempo que importa – e isso me fez refletir sobre como nós, humanos, complicamos a vida olhando constantemente para trás ou tentando prever o que ainda nem aconteceu. Sem culpa, só aprendizado Você já reparou como os cachorros lidam com os próprios erros? A Ahsoka, por exemplo, nunca ficava se martirizando depois de derrubar algo ou fazer uma bagunça. Se eu dizia “não” para uma travessura, ela simplesmente mudava de estratégia, tentava outra coisa, sem ficar remoendo o que deu errado. Não é sobre ignorar o erro, mas sobre ajustar o curso e segu...

Promessa Perigosa: Mesias, Influencer e Dune

 

Messias, seja no mundo da ficção ou na realidade, carregam um peso significativo.
Eles incorporam a promessa de salvação, a esperança por um futuro melhor e o fascínio
por um indivíduo capaz de resolver problemas complexos. Desde as figuras proféticas
das antigas mitologias até os líderes carismáticos dos tempos modernos, o arquétipo
do messias tem fascinado e cativado a imaginação humana. No entanto, por baixo da superfície,
encontra-se uma promessa perigosa - um aviso ecoado nas páginas da literatura e na história.

Tanto na ficção quanto na realidade, o conceito de um messias possui um poder imenso.
Ele explora nossos desejos mais profundos por redenção, libertação e triunfo final sobre a adversidade.
No entanto, ao nos aprofundarmos nas narrativas de obras icônicas como Duna, Star Wars e Harry Potter,
somos confrontados com a realidade desanimadora de que o ideal messiânico está repleto de perigos.



    A profecia, com suas tentadoras previsões de um escolhido, exerce um poder magnético sobre

personagens e leitores. Em Duna, de Frank Herbert, Paul Atreides lida com uma figura messiânica

destinada a remodelar o universo. De forma similar, Luke Skywalker em Star Wars é lançado

no papel do escolhido, guiado pela enigmática vontade da Força. Essas narrativas servem como

histórias preventivas, nos lembrando dos perigos dos destinos predeterminados e das limitações

da agência individual.


O herói, com suas habilidades extraordinárias e nobres intenções, se torna um farol de esperança

para aqueles que precisam. No entanto, ao testemunharmos a adulação dirigida a personagens

como Neo de Matrix ou Superman, somos forçados a confrontar o lado sombrio da adoração

ao herói. Neo, aclamado como "o escolhido", luta para estar à altura das expectativas depositadas

nele, percebendo no final que o caminho para a salvação está cheio de sacrifício e incerteza.

Da mesma forma, os poderes divinos do Superman levantam questões perturbadoras sobre

as consequências de uma autoridade não controlada e as armadilhas de depositar muita fé

em um único indivíduo.



Os perigos do arquétipo do messias vão muito além do mundo da ficção.

Ao longo da história, líderes carismáticos exploraram as esperanças e medos de

seus seguidores, utilizando retórica messiânica para consolidar o poder e reprimir

o descontentamento. Desde líderes de cultos prometendo salvação até demagogos

políticos se autoproclamando salvadores das nações, o fascínio pelo messias levou

inúmeros indivíduos por um caminho perigoso. Mesmo nos tempos contemporâneos,

vemos ecos desse fenômeno no surgimento de movimentos populistas e no culto à influencers.





        Na era digital, o arquétipo do messias se transformou. Não se trata mais apenas de profecias antigas, figuras heroicas de histórias em quadrinhos ou políticos carismáticos e messiânicos, mas agora também da figura do influenciador com milhões de seguidores nas redes sociais. Seu poder está na viralização de ideias e na validação social que elas possuem. O novo messias não é um salvador divino, mas um indivíduo com grande poder de influenciar a sociedade digital. É fundamental estar ciente dos perigos envolvidos,  por tanto o fascínio pelo arquétipo do messias possa ser sedutor, a ficção serve como um lembrete poderoso dos perigos que se escondem por trás de sua superfície. Ao explorar o lado sombrio do arquétipo do herói, os autores oferecem insights valiosos sobre as complexidades de liderança, dinâmicas de poder e a natureza da salvação em si. Ao fazer isso, eles incentivam os leitores a abordar figuras messiânicas com um olhar crítico, questionando seus motivos e escrutinando suas ações.





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